ai.
mas que parolada que para aqui vai,
que piroseira absoluta!
que MARIQUICE!!!
peço desculpa pelo último post, escrito por alguém que claramente não estava nas melhores condições psico-socio-económicas (ok, só as duas primeiras, uma vez que toda esta experiência está a ser patrocinada pela dgartes).
bus, seriously, how cheesy was that?
ok, ok, não estou para grandes discursos poéticos hoje, e olho cruamente para posts com floreados e coraçõezinhos nos "i"s, mas isso não quer dizer que me tenha tornado amarga ou fria. tentando ser quão breve quanto possível de forma a evitar possíveis deslizes e rebolões no sentido da cidade das lamechices pegadas, tenho só a dizer que adorei cada bocadinho de todos os 14 dias, 336 horas, 20160 minutos, 1209600 segundos ou algo do género que passámos juntos. o que quer dizer que gostei mesmo muito.
não quero ser insistente, uma vez que disse que não ia escarafunchar no assunto, mas gostei mesmo muito.
e agora que já passou uma semana desde que ele se foi embora, e as coisas à minha volta deixam de estar paradas como aqueles condutores que simplesmente não aguentam não olhar para os acidentes na estrada, e voltam à sua rotina, levando-me com elas, meio contrariada. mas é bom que finalmente ele tenha vindo aqui, que tenha conhecido a minha casa, os meus amigos e as pessoas com quem trabalho, as minhas roupas novas, o meu cabelo 6 meses mais comprido. as coisas de que me rodeio e que criei para mim durante estes tempos, coisas-extensões de mim.
e assim foi, vimos exposições atrás de exposições, dançámos no meio dos Rodins do Met, comemos panquecas, e risotto, e risotto número dois, e bagels e mais bagels, regados com chai lattes pela manhã, para abraçar a cultura e costumes americanos. e ele chocado com a quantidade de lixo que esta gente faz, e eu chocada com o facto de já estar habituada a isso (embora nunca use sacos de plástico no supermercado). É ridículo que, por exemplo, para um bagel de peanut butter (ou outro qualquer, escolhi este por ser o mais americano de todos, a meu ver) em qualquer lado é-nos entregue embrulhado num papel encerado, cortado ao meio e por sua vez embrulhado em papel de prata, que por sua vez repousa numa caminha de quinhentos guardanapos dentro de um saco de papel kraft. e isto é o básico.
definitivamente a vinda do gonçalo fez-me perceber que em breve voltarei para o outro lado do mundo, onde me esperam não só ele, mas todas as outras pessoas de que eu gosto e que já gostavam de mim antes de isto tudo começar. claro que tenho amigos aqui, mas são amigos que sei que dificilmente voltarei a ver e que ficarão portanto presos como etiquetas ou pins num mapa, a este tempo e espaço. mas sim, quero voltar, embora não seja tanto um regresso que sinto, mas uma nova partida, para um novo lugar, quer literal quer metafóricamente.
sair de casa - check
aprender a tomar conta de mim - check
sim, eu tive de facto uma adolescência tardia, já o dizia a minha mãe o que me lixava como tudo. mas é verdade. mas olha, check nisso também, chhhhhheeeeeck com um grande magic marker americano, um super, mega SHARPIE que é coisa que em portugal não há e que mete aquelas canetas molin a um canto. KO molins (ai saudades) que a America fez de mim uma mulher de mão na cintura e nariz não empinado mas, vá, ligeiramente empertigado de quem gosta de si. se bem que na verdade eu acho que já gostava, só que agora tenho (mai) consciência disso.
- bem, ok, muito bonito. mas e o dinheiro de onde é que vem, hã? que frutos é que vão cair desta árvore e quando? e com que balde os apanho? e se deixo cair algum será que aínda o posso comer? e os que têm bichos são os melhores frutos ou os piores?
a voz da consciência outra vez a ver se me assusta com necessidades e manias de querer ter certezas quando eu JÁ LHE DISSE que na vida não as há. raios partam que ela consegue injectar como quem não quer a coisa uma boa dose de pânico e de medo do abismo nos meus mais recentes pensamentos. mas HÁ! ela que venha com os seus truques e manhas, porque eu estou armada de um novo escudo à prova de todos os medos. SIM, eu tinha medo de vir para aqui, de vir morar para a maior cidade do mundo, no pico da sociedade moderna governada por ipods, ipads e hipertensão, sim, MAS tudo correu bem e EU defrontei as adversidades com toda minha bagagem (malas: 1, kg: 21). lutei e venci. pelo que agora possuo o escudo actimel de todos os escudos, a segurança que vem de dentro, que me reconforta à noite e me diz ao ouvido:
vai dormir maria, são duas da manhã e amanhã trabalhas.
pfff
Robe à la Française
Há 6 anos
7 comentários:
o meu maior mérito foi não te ter estragado muito :)
estamos em pulgas, maria linda. a l. ficou tããão contente por estares cá daqui a um bocadinho :)
traz lá esse nariz meio empinado que eu quero muito vê-lo ao vivo.
afogo-me em tanta baba parem lá com isso!
comecem é a dizer o que querem que eu leve daqui que o espaço na mala é limitado!
(e na verdade o nariz está no mesmo sítio, eu é que continuo exagerada como sempre!)
beijinhos!!
As lamechices fazem bem de vez em quando, e o nariz empinado as vezes tambem faz muito bem! viva a auto-estima! Afinal tens todo o direito de usufruir do nariz empinado, um nariz digno de uma vencedora!!!! :D Beijokas
As lamechices fazem bem de vez em quando, e o nariz empinado as vezes tambem faz muito bem! viva a auto-estima! Afinal tens todo o direito de usufruir do nariz empinado, um nariz digno de uma vencedora!!!! :D Beijokas
Olá Maria, então, o que é que se passou com o blog, está abandonado?!
Escreve coisas, posta fotos!
Beijinhos
Olá, acabei de conhecer o teu blog e gostei muito, espero que de alguma forma te incentive a continuar a dedicar bocadinhos do teu tempo na sua construção. Parabéns e que corra tudo bem. Bruno Pita
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