15.2.11

a seguir ao último

Sem saber o que lhes fazer, fui guardando as saudades num envelope e quando voltei a portugal, fechei-o e escrevi em letras gordas na parte da frente - mágoa. e esqueci o que ele continha.

olhei para ele e culpei o blog, contador de histórias felizes que se esqueceu de contar as partes menos boas. Pintou a história de cor-de-rosa e assim afastou quem eu mais precisava.

Com momentos bons ou menos bons, tudo o que vivi foi maravilhoso. E se estou triste, é pelas saudades.
Abri o envelope ao desfazer a mala, chegada a casa, e as saudades voaram para longe. mas logo ele se voltou a encher sozinho de mil papelinhos de diferentes cores e feitios que voavam e procuravam encontrar o seu lugar. E cabem todos, claro.

Desta vez fechei o envelope cheio de saudades dos meus amigos de nova iorque, da minha casa,do meu trabalho, dos ares da cidade, do metro e da neve, do verão e das panquecas de ricotta, da raquel e do michael, das minhas plantas, da minha bicicleta, dos desenhos, da jessie e do philipp.

fechei o envelope, e com uma caneta escrevi:
Amor.

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