vigésimo oitavo, parte dois

já lá vão uns dias e, como a chuva foi a estrela do dia, quase me esquecia de contar e mostrar o maravilhoso hamburguer de cogumelo portobello que fiz para o jantar. fiquei mesmo feliz, porque apesar de adorar cozinhar, nunca sigo receitas, ou faço pratos específicos. quanto muito posso fazer coisas que se pareçam vagamente com outras, mas quase sempre não sei o que lhes chamar - legumes salteados, coisas com temperos à la intuição.


mas agora que pela primeira vez sou eu a fazer as minhas compras, tenho-me divertido a experimentar coisas novas. o hamburguer de portobello foi a raquel que me ensinou e como tinha comprado um cogumelo no mercado, resolvi experimentar

eis como o fiz

PORTOBURGER
1 cogumelo portobello grande grande
 azeite
vinagre balsamico
pimenta
coentros secos
uma pitada de sal
umas folhinhas de basilico (eu usei lemon basil directamente do vaso, porque nao tinha do outro, mas é igual)

numa tigela misturar tudo menos o cogumelo. eu cá torço sempre o nariz a receitas em que se tem de marinar qualquer coisa. acho sempre que vai demorar imenso sempo e soa-me sempre a jantar para mil pessoas na véspera de natal. mas aqui vale mesmo a pena, e não é por muito tempo. depois de se misturar todos os ingredientes e lavar bem o portobello e tirar a perna, deixo-o na tijela a marinar e ao mesmo tempo vou salteando outros legumes para acompanhar. eu cozi a vapor uma couve chinesa daquelas compridas com uns talos optimos, courgette esférica (sim!) e massa integral (penne).
passado uns 10 minutos, o cogumelo afogado está pronto. atirei-o para uma frigideira antiaderente e claro que não precisa de mais azeite nem de nada. o resto do 'molho' que serviu para marinar fica de parte porque pode dar jeito mais tarde para acrescentar aos legumes.
a coisa dos cogumelos é que demoram imenso tempo a cozer. como não queria que ficasse tipo borracha, respirei fundo e obriguei-me a esperar. ensinou-me a amiga malicha o basico do cogumelo: primeiro deixar cozer um bocado com lume médio, deposi tapar e baixar o lume. têm muita água.
assim fiz e passado um bocado já aquele cheiro maravilhoso me entrava pelas narinas e ressoava no cérebro. NHAM! cortei um bocadinho para ver a textura... NHAMMMMMM! maravilhoso e a coisa mais simples de fazer.
juntei uns tomatinhos e meio abacate para compor o espectro cromático. gosto de ter pratos que pareçam selvas amazónicas!

por fim, deliciei-me com um pudim de morangos divinal feito pela minha colega de casa alemã. quando lhe perguntei o nome, na esperança que fosse algo em alemão com uma pronunciação engraçada que pudesse pôr aqui no blogue e fazer um brilharete ela respondeu que apenas se chamava pudim de morangos. e com isso me tenho de contentar, um nome mediocre para uma sobremesa fantástica!